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REINVENTAR AS CIDADES É REINVENTAR UM MODO DE VIDA COM MAIS QUALIDADE

REINVENTAR AS CIDADES É REINVENTAR UM MODO DE VIDA COM MAIS QUALIDADE

A reinvenção das cidades e as cidades resilientes têm uma coisa em comum: a preocupação em preservar o patrimônio e garantir um futuro melhor

O que mais te atrai em uma cidade são os espaços preservados, as belezas naturais ou a organização? Todas as opções? Se essa trilogia é fundamental para você escolher uma cidade para morar ou visitar, você certamente é favorável ao tema “reinventar as cidades”. Afinal, mergulhar nessa temática é também estar atento ao futuro e à importância das transformações urbanas, essenciais para garantir a preservação dos espaços e uma melhor qualidade de vida.

Cidade reinventada é aquela que se preocupa com seu patrimônio cultural e histórico e – consequentemente – com seus moradores. Isso atrai a população, movimenta a economia e colabora para uma vida mais sustentável.

E o que é reinventar uma cidade? É ter a preocupação constante com questões que vão desde as mudanças de zoneamento industrial no espaço urbano até o estímulo da economia, cultura e demais incentivos locais.

Exemplos de reinvenção na prática

Curitiba (PR) e Rio de Janeiro (RJ) têm exemplos práticos quando o assunto é reinventar as cidades. No começo da década de 2010, por exemplo, o bairro curitibano Rebouças, próximo ao Centro da cidade, passou por intensa revitalização com o Programa Vale do Pinhão, coordenado pela Agência Curitiba de Desenvolvimento e Inovação.

O programa contemplava uma série de ações integradas, que abordavam o incentivo à tecnologia à criação de novas empresas, à revitalização da região com emprego e renda e à educação voltada à cultura da inovação, inclusive com incentivos para grupos culturais que instalaram suas sedes na região.

Ao longo da década, o programa estimulou a renovação, preservação e reinvenção urbana incentivando empreendedores, aproximando investidores e fortalecendo o desenvolvimento de negócios que repercutem até os dias atuais.

Na época do Programa Vale do Pinhão, promovido com a renovação do bairro, aliás, algumas companhias culturais da cidade, como a Cia. Senhas de Teatro receberam incentivo para desenvolver programas para a comunidade da região e realizaram diversas oficinas de teatro em uma sede instalada temporariamente no bairro.

Em busca de um Porto seguro no RJ

Já no Rio de Janeiro, o exemplo de renovação está na área portuária, com o Porto Maravilha, que ganhou uma verdadeira reforma para sair da decadência e declínio em que estava desde a década de 1970. Em 2012, a região – uma área de 5 milhões de metros quadrados – começou a ser revitalizada em um projeto bilionário que chamou a atenção do mundo todo.

Isso porque, ao transformar a região portuária, preservando a identidade do local, a cidade promoveu ações que beneficiaram os moradores, a economia, o turismo e a cultura. O belíssimo Museu do Amanhã está ali, hoje, como símbolo dessa importante revitalização, fazendo a ponte entre o passado e o futuro, em uma adaptação que beneficia a todos.

Mas e as cidades resilientes?

Enquanto a reinvenção das cidades passa por revitalizações urbanas extremamente práticas, visíveis e imediatas, as cidades resilientes são aquelas com a capacidade de prever os desastres naturais e antecipar obras para lidar com eles.

Os moradores podem não sentir os efeitos instantaneamente, o que é algo bom, já que os benefícios existem. E as chances de sofrerem consequências no futuro, com inundações ou desastres naturais, por exemplo, são quase nulas.

Ou seja, cidades resilientes são aquelas que se preparam e criam planos de ação para evitar situações drásticas. A Organização das Nações Unidas (ONU) criou o termo em 2010 e, desde então, investe em campanhas para que as cidades de todo o mundo adotem medidas de prevenção para serem mais “resilientes”.

De acordo com a ONU, uma cidade resiliente “é aquela que tem a capacidade de resistir, absorver, adaptar-se e recuperar-se dos efeitos de um perigo de maneira tempestiva e eficiente, através, por exemplo, da preservação e restauração de suas estruturas básicas e funções essenciais”. O objetivo é, prioritariamente, se preparar para minimizar perdas e danos ao patrimônio.

Mas de quem é a responsabilidade por criar, manter e incentivar ações para que as cidades sejam tanto reinventadas como resilientes?

É de todos nós! Minha, sua, dos governos, da iniciativa privada. Desde que foi lançada, a campanha de cidades resilientes criada pela ONU convida todos a pensar como serão as cidades no futuro. E pensar leva a agir. Uma iniciativa que pede envolvimento de todos os setores, pois tudo o que fazemos como cidadãos têm impacto no futuro da cidade.

Então, conta para a gente:  qual a cidade que você quer para viver?

Leia também: “Uma nova perspectiva urbana: quando as pessoas fazem o espaço acontecer”

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